“Talvez isso surpreeenda muita gente, mas tanto Newton quanto Einstein, sem dúvida dois dos grandes gigantes da física, tinham uma relação bastante íntima com Deus” afirma Marcelo Gleiser (Doutorado no King's College London na Universidade de Londres e pesquisador pela Dartmouth College em Hanover, EUA) no caderno Ciência da Folha de São Paulo do dia 13 de junho de 2010, mas ele continua, “é bem verdade que o que ambos chamavam de ´Deus´ não era compatível com a versão mais popular do Deus judaico-cristão”.Os argumentos em seguida são o que ele chama de embasamento para fazer tal afirmação: 1) No epílogo da edição de 1713 de sua obra prima “Princípios Matemáticos da Filosofia Natural” (1686), Newton escreve que o seu Deus (cristão, claro) era o senhor do Cosmo e que deveria ser adorado por estar em toda a parte, por ser o “Governante Universal”. SUA CONCLUSÃO: Essa visão de Deus pode ser considerada panteísta, se entendermos por panteísmo a doutrina que identifica Deus com o Universo ou que identifica o Universo como sendo uma manifestação de Deus. 2) A visão que Einstein tinha de Deus, devidamente destituída da conotação cristã, ecoava de certa forma a de Newton. Einstein desprezava tudo o que dizia respeito à religião organizada, em particular a sua rígida hierarquia e ortodoxia. Para ele, um Deus que se preocupava com o destino individual dos homens não fazia sentido. Sua visão era bem mais abstrata, baseada nos ensinamentos do filósofo Baruch Spinoza, que viveu no século 17. Numa carta dirigida a Eduard Büsching, de 25 de outubro de 1929, Einstein diz: “Nós, que seguimos Spinoza, vemos a manifestação de Deus na maravilhosa ordem de tudo o que existe e na sua alma, que se revela nos homens e animais”.
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